Esta é uma reflexão muito utilizada em processos de orientação profissional com jovens estudantes. Afinal qual a relação entre planejar uma viagem e escolher uma profissão?
Ao imaginar uma viagem de sete dias para qualquer cidade do mundo, o orientador reflete junto com o adolescente:
1. Para onde você gostaria de ir?
2. O que pretende fazer lá?
3. Você pode levar um acompanhante, quem seria?
4. Você pode escolher entre ficar hospedado em um hotel cinco estrelas, com direito a US$ 50 para despesas, ou em um hotel três estrelas, com direito a US$ 100. Qual você escolhe?
5. Você tem direito ao aluguel de um carro, que modelo seria?
Bom, você foi contemplado! Mas, para isso, tivemos que realizar algumas adaptações na sua viagem:
6. Você não poderá mais levar o acompanhante; o que fazer então?
7. Não podemos mais disponibilizar o carro; como você irá se locomover?
8. O dinheiro não fará parte do pacote. O que fazer diante deste novo cenário?
Aos poucos o jovem pode perceber que não existe uma escolha ideal, cada indivíduo tem uma forma de escolher e não podemos prever tudo que irá ocorrer no futuro, o que também provoca certo alívio. O mais importante aqui é o resgate da confiança no potencial próprio para viabilizar projetos futuros.
E nós adultos, o quanto temos confiança e nos sentimos fortalecidos nas nossas escolhas atuais? O quanto desejamos controlar o futuro?
Fonte: O jovem e o mundo do trabalho: consultas terapêuticas e orientação profissional por Yvette Piha Lehman; Maria da Conceição Coropos Uvaldo; Fabiano Fonseca da Silva.
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